Magistrada auxiliar da Corregedoria-Geral de Sergipe citou casos de varas congestionadas que sanearam o estoque de processos
A juíza Dauquíria de Melo Ferreira palestrou, nesta quinta-feira (23), sobre os resultados positivos da implantação de planos de gestão em unidades judiciárias de Sergipe, a partir de projeto criado pela Corregedoria-Geral de Justiça do estado. A exposição ocorreu durante o 83º Encontro do Colégio Permanente dos Corregedores Gerais dos Tribunais de Justiça do Brasil (Encoge).
A magistrada, que é auxiliar da gestão da corregedora Elvira Maria de Almeida Silva, citou casos de sucesso, de varas congestionadas que sanearam o estoque de processos. Em fevereiro de 2019, uma unidade tinha quase 3 mil processos conclusos, sendo 390 deles há mais de 500 dias. Após o auxílio da Corregedoria e a implantação de um plano de gestão, hoje a vara só tem 20 processos conclusos há mais de 30 dias.
"Temos magistrados e servidores muito competentes e comprometidos, mas isso não é suficiente. Quando aliamos competência e comprometimento a gestão, a gente percebe que a unidade flui de uma forma melhor e os processos tramitam de forma mais célere", afirmou a juíza Dauquíria.
A magistrada explicou o trabalho feito pela corregedoria ao analisar relatórios gerados pelo sistema e identificar se uma vara está tendo problemas no gabinete ou na secretaria, e depois a abordagem com os juízes para que aceitem a ideia de implementar um plano de gestão. "Quando a gente se une, Corregedoria, magistrado e servidores, a gente consegue esse resultado que estou apresentando, disse.
Ao final da exposição, o presidente do Colégio de Corregedores (CCOGE), Fernando Tourinho de Omena Souza, parabenizou a palestrante e concordou com os pontos levantados. "Os juízes, querendo ou não, são gestores de suas unidades. Se não gerirem bem, não terão um bom resultado", comentou.
O 83º Encoge está ocorrendo durante toda esta quinta-feira. Pela primeira vez, o evento acontece de forma virtual, devido à necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia da Covid-19.
Isaac Neves