Destaque em âmbito nacional, o Poder Judiciário de Mato Grosso vem saindo na frente quando o assunto é tecnologia relacionada ao Processo Judicial Eletrônico (PJe) e a atualização do conhecimento sobre a ferramenta. Essa experiência adquirida no Estado vai servir como base para, em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), expandir o que tem dado certo por aqui. Um exemplo é o treinamento que será realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado para todas as cortes do Brasil sobre balanceamento do banco de dados do PJe. Uma iniciativa de sucesso que já está registrada no Portal de Governança do CNJ.
Em parceria com CNJ, profissionais da Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI) do TJMT apresentarão esse case de sucesso na próxima sexta-feira (13 de março), às 14h30 (horário de Brasília) para os demais tribunais brasileiros. A transmissão será ao vivo, pela internet, no modelo de Webinar.
O juiz auxiliar da Presidência do TJMT, Luiz Octávio Oliveira Saboia Ribeiro, coordenador do Comitê Gestor do PJe diz que o tribunal mato-grossense tem acompanhado de perto, junto ao CNJ, todas as mudanças do processo eletrônico, desde o início da implantação do módulo cível. O TJMT foi o segundo tribunal a migrar para a versão 2.1, garantindo experiência em termos de implantação.
De acordo com o juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Bráulio Gusmão, a iniciativa do Webinar alcança objetivo importante na governança nacional do PJe: o compartilhamento de experiências exitosas e amplia o conceito de comunidade da plataforma.
Balanceamento do PJe - Cada vez que milhares de novos usuários utilizam o sistema – a solução encontrada era aperfeiçoar o data center. Porém, chegou-se ao limite físico da capacidade e não havia mais como adicionar mais processamento ao data center. Com isso, a CTI do Tribunal de Justiça de Mato Grosso encontrou meio de atender a escala de forma horizontal. Ao invés de um equipamento que suportava toda a demanda, trocou-se por vários outros que conseguem, em separado, transportar a carga.
O sistema que teria como única alternativa o ‘upgrade’ em um servidor já existente na rede, podendo ser a substituição, reposição ou a adição de novos recursos, como memória RAM, discos rígidos, ou processadores – passou a contar com a expansão por meio da conexão de outras máquinas de baixo desempenho para coletivamente fazer o trabalho de uma muito mais avançada. Com esses tipos de configurações distribuídas, é fácil lidar com uma carga de trabalho maior executando dados por diferentes trajetórias do sistema.
No formato horizontal, o Poder Judiciário ao invés de adquirir uma segunda máquina superpotente e muito onerosa, optou por adicionar novas máquinas de desempenho normal, para aumentar a capacidade do sistema distribuído. Dessa forma há alternativa de escalonamento infinito, uma vez que a cada nova adição de usuários e demandas, pode-se distribuí-los ao vários ‘nós’ que haverá em rede. Ao invés de uma máquina superpotente trabalhando com todas as demandas, temos agora uma redistribuição desse trabalho a outras distribuídas.
Fonte: TJMT